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Prefeitura promove iniciativa Brasil sem Misoginia em Campo Grande

A Prefeitura de Campo Grande, por meio da Subsecretaria de Políticas para a Mulher (Semu), aderiu formalmente à iniciativa do Governo Federal com o Encontro #BrasilsemMisoginia, comprometendo-se a promover ações de enfrentamento à misoginia no âmbito de seu público, linguagem e capacidade. O intuito é estimular debates e reflexões sobre papéis sociais atribuídos a mulheres e homens e mobilizar a sociedade para as necessárias mudanças de comportamento dos grupos.

No âmbito do município de Campo Grande, essa discussão e reflexão contou com uma palestra da magistrada Dra. Jaqueline Machado, que discorreu o tema “Misoginia: Conceito e Relações entre Machismo e Sexismo” nesta sexta-feira (24), no auditório da Casa da Mulher.

“Atendendo à orientação do Ministério das Mulheres, hoje todas as casas da Mulher Brasileira, que totalizam sete no Brasil, fizeram uma discussão sobre o Brasil sem misoginia, e nós, Campo Grande, decidimos discorrer sobre misoginia, conceito entre relações entre machismo e sexismo. A misoginia é o ódio ou aversão às mulheres, que se manifestam através do machismo e do sexismo, resultando em todas as formas de violência e discriminação contra as mulheres. Portanto, para nós enfrentarmos o fenômeno da violência, nós temos que discutir e aprofundar nas suas causas, e entre as causas de violência está a misoginia”, apontou Carla Stephanini, subsecretária da Semu.

Para 2023, a mobilização nacional estimula que cada parceiro, especialmente as empresas, promova campanhas de informação e ações próprias no âmbito dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher, que teve início em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, considerando a dupla vulnerabilidade da mulher negra, e vai até 10 de dezembro, data em que foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que também tem o objetivo de propor medidas de prevenção e combate à violência, além de ampliar os espaços de debate com a sociedade.

Quatro motivos para apoiar a iniciativa Brasil sem Misoginia:

  • Prevenir feminicídios, violência doméstica e violência sexual
  • A cada dia, 673 mulheres registram boletim de ocorrência por agressões em contexto de violência doméstica no país;
  • Cerca de 1,4 mil mulheres foram mortas no Brasil em 2022 pelo fato de serem mulheres. É o maior número registrado desde 2015.
  • Mais de 74 mil estupros foram registrados em 2022; 6 em cada 10 vítimas tinham até 13 anos.
  • Apoiar mulheres em espaços de poder e de decisão
  • Apesar de as mulheres representarem 53% do eleitorado, ocupam apenas 17,7% da Câmara dos Deputados e 12,3% do Senado Federal;
  • Em 958 cidades não tivemos nenhuma vereadora eleita em 202
  • Combater a violência on-line contra as mulheres
  • Na internet, a misoginia tem sido reproduzida principalmente por grupos que acreditam na suposta “superioridade masculina”.
  • Canais que pregam isso já alcançam, ao menos, 8 milhões de seguidores e são pagos por anúncios nas plataformas do Youtube e TikTok.
  • Promover um ambiente de trabalho livre de discriminações
  • Mulheres recebem 22% a menos que os homens. A diferença é ainda maior quando são considerados somente cargos de gerência e diretoria: elas ganham apenas 61,9% do rendimentos deles.
  • Mulheres negras recebem, em média, menos da metade do salário de homens brancos (46%).

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