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Com tecnologia, monitoramento e parceria com a Nasa, bombeiros de MS atuam na prevenção e combate a incêndios florestais

O uso da tecnologia contribui para as ações de monitoramento e preservação do Pantanal e do Cerrado em Mato Grosso do Sul, no trabalho desenvolvido pelo Corpo de Bombeiros do Estado no combate aos incêndios florestais.

Com drones, equipamentos de proteção individual específicos para garantir segurança (roupas e botinas resistentes as chamas), monitoramento via satélite por meio de convênios com a Nasa – agência do governo dos Estados Unidos –, Polícia Federal, Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), além de tecnologia de navegação, dados e inteligência artificial, a atuação dos bombeiros é cada vez mais específica e qualificada para evitar e mitigar os danos causados pelos incêndios florestais.

“Nós trabalhamos também a questão da tecnologia da informação. Hoje está tudo integrado e cada vez mais nos tornamos efetivos neste combate a incêndios, porque na fase de prevenção nós já vamos monitorando o clima, as condições, o ambiente. No Corpo de Bombeiros nós temos o núcleo de geoprocessamento de dados, monitoramento 24 horas por dia e outras tecnologias embarcadas. Hoje nossas guarnições saem com drone, computador, dando as equipes a capacidade de ter uma amplitude daquele incêndio antes de ir a campo. Essa tecnologia cada vez mais vai efetivando nosso serviço”, disse a tenente-coronel Tatiane Inoue, chefe do CPA (Centro de Proteção Ambiental) do Corpo de Bombeiros Militar de MS.

Em funcionamento há mais de 21 anos, o CPA funciona 24 horas por dia – todos os dias da semana – com trabalho de monitoramento e análise diária de dados que servem como base das atividades dos bombeiros no combate a incêndios florestais no Estado.

“Temos convênio com a Nasa, Polícia Federal e Imasul, que é um diferencial do monitoramento realizado. Tudo com dados alimentados instantaneamente, o que contribui para avaliação das estratégias de atuação e combate”, explicou o tenente Alexandre de Oliveira, especialista em engenharia ambiental do CPA.

A tecnologia aliada as informações obtidas por meio do monitoramento constante contribuem para garantir atuação efetiva na proteção dos biomas de Mato Grosso do Sul. “Houve uma redução (dos focos de calor) de aproximadamente 70% em todo o território sul-mato-grossense, não só do Pantanal, além da quantidade de área queimada com queda bastante significativa. Como essa logística desde o nosso monitoramento até a ida a campo, com as parcerias dos órgãos estaduais, federais e internacionais, conseguimos integrar todos para fazer esse trabalho de maneira mais efetiva”, disse Oliveira.

Os treinamentos realizados, monitoramentos com auxílio da tecnologia e outras ações desenvolvidas, auxiliaram diretamente para a redução as ocorrências de incêndios florestais no Estado.“Ao longo dessas temporadas severas nos aperfeiçoamos inclusive com instrumentos de legislação moderna, que regula o que deve ter na propriedade rural para que se evite os incêndios, e quando acontecer conseguir trabalhar com materiais e equipamentos necessários. E também as brigadas de incêndios florestais regulamentadas dentro do Estado. Estas ações possibilitaram a gente expandir na parte de tecnologia. Temos duas aeronaves com tecnologia embarcada para o combate a incêndio florestal, temos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) para os nossos combatentes, nos articulamos com outras agências, tudo como evolução das últimas temporadas. E somos referência para outros estados”, disse a tenente-coronel Tatiane.

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